O rejuvenescimento facial é um tratamento estético que oferece a oportunidade de melhorar a aparência envelhecida por meio da redução de rugas, combate à flacidez facial, melhora da textura e dá mais luminosidade. Atualmente, entre os mais novos métodos de tratamento destaca- se o Microagulhamento. “Esta técnica consiste em produzir furos minúsculos na pele com o objetivo de estimular os fibroblastos, as células responsáveis pela produção de colágeno, para restaurar a pele que foi danificada”, descreve Dr. Luís Torezan (CRM-SP 72624), diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Doutorando do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas-FMUSP.

As principais indicações do microagulhamento são fotoenvelhecimento (resurfacing), cicatrizes de acne, de queimadura, cirúrgicas, entre outras aplicações. A técnica pode ser indicada também no tratamento de estrias, melasma, melhora da textura da pele (poros dilatados) e para auxiliar na deposição de substâncias terapêuticas nas camadas mais profundas da pele (drug delivery).

Ação x indicação

De acordo com o dermatologista, os princípios básicos de ação do Microagulhamento são: estímulo da regeneração celular por meio do processo de cicatrização, proliferação de células- tronco e estímulo da síntese de elastina, da neocolagênese (produção de colágeno) e angiogênese (proliferação de vasos sanquíneos).

“O microagulhamento é um sistema de rolamento que contém inúmeras microagulhas que geram centenas de microlesões na pele. Esta ação desencadeia mediadores químicos que estimulam os fibroblastos a produzirem mais colágeno e elastina para restaurar a pele danificada. Com este aumento na produção dessas substâncias, toda a pele é reestruturada e beneficiada com a reorganização das fibras internas, o que leva à diminuição das rugas, das cicatrizes de acne, resultando em uma pele mais firme e com mais viço”, diz o médico.

A forma de ação principal do microagulhamento é mecânica, enquanto que o laser, também usado para o rejuvenescimento, tem ação térmica. “Essa nova tecnologia oferece maior segurança aos pacientes com fototipo alto, ou seja, peles morenas e negras, que precisam de tratamento que estimulem o colágeno, visando a redução de cicatrizes de acne e estrias, por exemplo”, esclarece o especialista.

Preparo e aplicação

O procedimento com a microagulhamento deve ser realizado sob anestesia local e a técnica depende do operador. “É indicado aplicar o equipamento paralelamente à pele e realizar o rolamento em forma de estrela. As agulhas, que possuem de 0,1 A 2mm de comprimento, são extremamente afiadas e penetram na pele a 1,2 mm. Produz- se um microssangramento que só é visível por meio de lupa, até se obter um padrão uniforme de micromanchas avermelhadas”, explica Dr. Luis Torezan.

O Microagulhamento cria orifícios minúsculos na pele que se fecham em minutos, sem deixar marcas na epiderme. O sangramento cessa após alguns minutos e o eritema desaparece após algumas horas. Portanto, não há downtime social, ou seja, a pessoa não precisa afastar- se de suas atividades diárias.

Quando a técnica é aplicada na fronte, nariz e bochechas, a pressão deve ser ajustada para evitar que as agulhas toquem os ossos. Em volta da área dos olhos, a pressão deve ser minimizada para evitar hematomas. “Se a pressão aplicada for muito alta, pode haver um efeito ‘velcro’, ou seja, as agulhas levantam a pele, causando ruptura e cortes”. Já nos casos de cicatrizes e estrias, a pele deve estar bem esticada nas quatro direções durante o procedimento para minimizar a dor e proporcionar o tratamento das paredes laterais das cicatrizes profundas.

É bom lembrar que os dispositivos utilizados no microagulhamento não são reutilizáveis, nem no mesmo paciente, e tampouco podem ser reesterilizados, uma vez que o calor destrói a ponta afiada das agulhas.

Resultados

Os resultados são percebidos após dois a três meses, uma vez que o ‘amadurecimento’ do novo colágeno é um processo lento. “Espera- se melhora de 70% a 80% após duas a quatro sessões. É recomendável intervalo de seis a oito semanas entre elas, quando se observam os resultados. Porém, se não houver melhora significativa após a quinta sessão, deve-se considerar outros tratamentos”, pondera o diretor da SBCD.

Com o objetivo de potencializar o tratamento de rejuvenescimento facial, o microagulhamento pode ser associado ao uso de substâncias tópicas que penetram com mais facilidade pelos canais formados, que servirão como via de transporte de ativos para as camadas mais profundas da pele.

Dr. Luis Torezan relata ainda que o estudo ‘Terapia fotodinâmica para rejuvenescimento facial em combinação com Microagulhamento, luz vermelha e luz intensa de banda larga’ revela que esta técnica, seguida da aplicação do ALA (Ácido Alfa- 5 Delta Amimolevulinio) promove melhor absorção e penetração mais profunda da substância. Já a luz intensa pulsada, por sua vez, permite ativação profunda do ALA. Ambos contribuem para melhora expressiva da resposta clínica no tratamento do fotoenvelhecimento.

Contraindicações

Para o Dr. Luis Torezan, as principais contraindicações do microagulhamento são o uso de anticoagulante sistêmico e doenças de pele ativas no local do tratamento, como lesões de acne e outras doenças inflamatórias. Também não há evidência de sucesso no uso da técnica para o tratamento de queloides. “Há estudos nos quais são descritas complicações como hematomas, sangramento excessivo, lesão de nervos, lacerações em caso de erro na técnica de aplicação ou uso de cópias (agulhas grossas, maleáveis, ponta não afiada), desencadeamento de herpes labial e hiperpigmentação temporária”, conta o dermatologista.

Como todo procedimento estético disponível no mercado, o microagulhamento também possui restrições sobre quem pode realizar o método. "O tratamento não deve ser feito em áreas do corpo com infecções e em pacientes com tendência à formação de queloide. Por isso, o procedimento deve ser feito no consultório dermatológico, para que o dermatologista possa avaliar as condições clínicas do paciente, para saber se é possível aplicar esta técnica atender as necessidades desta pessoa”, finaliza Dr. Luis Torezan.

Sobre a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD)

Fundada em 1988, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) atua nas áreas de Cirurgia Dermatológica e procedimentos relacionados, por meio da promoção do ensino, pesquisa, realização de congressos e eventos científicos. A Cirurgia Dermatológica é uma área da Dermatologia que engloba todos os procedimentos realizados na pele e tecido celular subcutâneo, sejam eles diagnósticos, cirúrgicos, cosmiátricos ou oncológicos.A SBCD atua somente segundo normas éticas e padrões técnicos rigorosamente aprovados pela comunidade científica mundial. Com 1500 associados, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica está entre as maiores sociedades de Dermatologia do mundo.A Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica é formada apenas por associados altamente qualificados, detentores de título de especialista e aprovados por rigoroso concurso e prova realizada e certificada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Associação Médica Brasileira (AMB).

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